As mudas de coco anão constituem-se na variedade de coqueiro mais utilizada comercialmente no Brasil, para produção de água de coco, com qualidade sensorial superior às demais. Pode ser empregada também na agroindústria de alimentos e/ou do fruto seco in natura, com produtividade estimada de polpa nos plantios tecnificados.

Essa variedade pode ser uma alternativa promissora para os produtores de coco seco, pois se torna uma variedade de maior utilidade comercial, além de reduzir o “déficit” de produção de polpa nos plantios de coqueiro híbrido e gigante. Com relação a qualidade dessa polpa, o teor de gordura encontra-se em torno de 30%, sendo menos metade dos teores encontrados nas variedades gigante e híbrido. Abrindo, consequentemente, uma perspectiva muito interessante no segmento de mercado crescente de alimentos “light” a base de coco.

As mudas de coco anão apresentam desenvolvimento vegetativo lento e precoce, iniciando a produção em média entre dois a três anos após o plantio. Chega a atingir 10 a 12m de altura e tem vida útil em torno de 30 a 40 anos. Apresenta estipe delgado, folhas numerosas e curtas, produz um grande número de pequenos frutos (150 a 200 frutos/planta/ano), é mais sensível ao ataque de pragas, como ácaro, e doenças foliares. Em geral apresenta maiores exigências de clima e solo do que a variedade gigante.

Os frutos das mudas de coco anão destinados ao consumo in natura de água de coco devem ser colhidos, principalmente, entre o sexto e o sétimo mês e após a abertura natural da inflorescência. Nessa idade ocorrem os maiores valores para pesos de fruto, volume de água de coco, teores de frutose, glicose e grau brix. Para uso agroindustrial, recomenda-se efetuar uma mistura da água dos frutos colhidos nas idades de 5 a 8 meses. Já os frutos secos para produção agroindustrial de alimentos ou para uso culinário, devem ser colhidos entre 11 a 12 meses de idade.

Características físico-química de frutos das mudas de coco anão no ponto ideal de colheita para uso da água de coco: